17/07/2025

Brasil

🇧🇷 IOF volta a subir — e o mercado já fala em controle de capitais

O Brasil acordou com um déjà-vu tributário: o STF restabeleceu as alíquotas mais altas do IOF em remessas ao exterior, cartões internacionais, câmbio e seguros de vida.

⚖️ A decisão foi assinada por Alexandre de Moraes, que validou o decreto do governo Lula — com efeito retroativo a 27 de junho. Ou seja, operações feitas nesse período também vão ser taxadas.
 
O mercado ficou ainda mais cético. Analistas enxergam cheiro de controle de capitais, o que pode estimular o movimento inverso: brasileiros acelerando o envio de dinheiro pra fora.

📉 Beto Saadia, da Nomos, resumiu:

💵 Nos bastidores…
 
Instituições que deixaram de cobrar o imposto nesses dias agora enfrentam um vácuo jurídico. Sem orientação clara, o risco de disputa com o Fisco aumentou
 
O STF jogou lenha na fogueira entre Congresso e governo, que já estava em tensão.
Murillo de Aragão, da Arko Advice, disse que a decisão pode travar pautas e criar um "ranço" entre Legislativo e Judiciário — justo quando o Brasil enfrenta desafios econômicos e fiscais.

O governo fala em ajuste. O mercado vê risco. E o investidor… procura a porta de saída.

Mundo

🌎 Trump ameaça, China constrói — e o Brasil fica no meio

Na última semana, Trump fez o que ninguém pediu: mandou uma carta pra Lula ameaçando tarifas pesadas sobre o Brasil. O motivo? A condenação de Bolsonaro. Pra Trump, o julgamento é uma “caça às bruxas” que precisa acabar imediatamente.

Enquanto o ex-presidente americano dispara ameaças, um acordo bem mais relevante passou batido: China e Brasil selaram um projeto pra construir uma ferrovia ligando o Atlântico brasileiro ao Pacífico peruano — um corredor estratégico direto pros mercados asiáticos.

De um lado, a China expande influência investindo em infraestrutura.
Do outro, Trump volta ao script da intimidação, tarifas e crises diplomáticas.
 
O Brasil nunca quis escolher lados. Faz negócios com EUA, China e Europa — e prefere o papel de potência independente.

Mas Trump decidiu peitar Lula e ameaçou qualquer país que “se alinhe às políticas antiamericanas do BRICS”.

🔻 O detalhe?
 
O BRICS, que nunca foi um bloco antagônico aos EUA, virou alvo preferido de Trump — mesmo com Brasil, Índia e África do Sul tentando manter o grupo longe de qualquer confronto direto.
 
O Brasil lembra bem o preço de ser joguete em disputas de gigantes.
Lula, até aqui, evita cair na pilha — mas já avisou: se Trump taxar o Brasil em 50%, vai taxar os EUA na mesma moeda.

Flow Cultura – Bônus

🛒 Estoque de cosméticos após ameaça tarifária

O anúncio de tarifas americanas sobre produtos da Coreia do Sul desencadeou um surto de compras nos EUA.

Esther Lee, influenciadora em LA, não pensou duas vezes: estocou um ano de delineadores e protetores solares coreanos — gastando o triplo do normal. E ela não foi a única. TikTokers e beauty addicts correram pras lojas (e pros apps) pra garantir os queridinhos da K-Beauty antes da possível alta de preços.

💄 O pano de fundo:

Trump ameaçou impor 25% de tarifa sobre quase todos os produtos coreanos e japoneses se não rolar acordo até 1º de agosto. O efeito já respingou na indústria, que vinha surfando o hype global junto com o K-pop e os K-dramas.

📈 Pra ter ideia:

• As exportações coreanas de cosméticos chegaram a US$ 5,5 bi no 1º semestre

• Amorepacific, maior marca do país, viu as vendas externas subirem 40% no ano passado

Marcas como a KraveBeauty dizem que a incerteza virou regra.

Mas o alerta não espantou os fãs. Muitos juram que continuam fiéis, mesmo pagando mais caro.
 
“K-Beauty é leve, moderna e combina comigo — vou continuar comprando”, resumiu Sophie He, direto de Seul.

🍔 McDonald’s perdeu o Big Mac (e não é zoeira)

O McDonald’s acabou de levar um combo jurídico na Europa. Em junho, o Tribunal Geral da União Europeia decidiu que a rede perdeu o direito exclusivo sobre a marca “Big Mac”… quando se trata de frango.

Tudo começou em 2017, quando a rede irlandesa Supermac’s entrou com um pedido pra anular a marca. O argumento? O McDonald’s não usava o nome de forma “genuína” pra produtos de frango há mais de cinco anos — e a lei europeia é clara: se não usa, perde.

💥 Em 2019, o McDonald’s até segurou parte dos direitos…

💥 Mas desde 2024, a Justiça foi definitiva: o Mc perdeu o direito de bloquear concorrentes que queiram lançar um “Big Mac de frango” na Europa.

O CEO da Supermac’s comemorou dizendo que foi a vitória do “Davi contra Golias”. O McDonald’s? Disse que não afeta o clássico Big Mac de carne.

A decisão cria um precedente forte pra disputas de marca no mercado global, abre caminho pra que a Supermac’s acelere sua expansão fora da Irlanda — agora surfando na polêmica — e ainda deixa o McDonald’s experimentando do próprio molho especial jurídico.