11/07/2025

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Sexta-feira, 11 de julho de 2025

Bom dia! ☕ Café, carne e petróleo podem baratear por aqui. Mas a vida? Essa continua custando caro — em tempo, em calma e em sanidade.

📰 NA EDIÇÃO DE HOJE

💬 Lula reage ao tarifaço de Trump, mas deixa decisão com Itamaraty

💣 Trump ameaça Canadá com tarifa de 35% em nova guerra comercial

💸 Tarifa de 50% nos EUA: café, carne e petróleo podem baratear aqui

⚽ NWSL quer virar NFL do futebol feminino – sonho ou loucura?

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Brasil

💬 Lula reage às tarifas de Trump, mas joga decisão no Itamaraty

O clima entre Brasil e EUA azedou de vez. Depois que Trump anunciou a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, Lula não deixou barato:

🗣️ “Ele não mandou nem carta, publicou no site. Total falta de respeito. E eu não sou obrigado a respeitar esse comportamento desrespeitoso.”

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mas, na prática, o que o Brasil vai fazer?

Lula defendeu que a embaixadora brasileira em Washington seja chamada para prestar informações, mas jogou a decisão no colo do Itamaraty:

“Acho importante, mas isso cabe ao Itamaraty. O ministro Mauro Vieira saberá cuidar disso.”

E o que mais está na manga?

🇧🇷 O presidente sinalizou que, se não houver acordo, pode aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica, taxando produtos americanos em resposta:

“Espero que os empresários estejam com o Brasil. Se tiver alguém que ache que devemos ceder a tudo que outro país quer, sinceramente, não tem orgulho de ser brasileiro.”

Trump justificou o tarifaço por motivos políticos (citando Bolsonaro e o STF) e econômicos (acusando o Brasil de relação injusta). Mas, desde 2009, o Brasil compra mais dos EUA do que vende.

💭 Bottom-line

Enquanto Lula ensaia reação, a crise escancara algo maior: o Brasil quer respeito como potência, mas, no xadrez global, nem sempre dá pra escolher o jogo – só a forma de não sair dele humilhado.

Mundo

💣 Trump ameaça Canadá com tarifaço de 35%

A guerra comercial de Trump ganhou um novo alvo: o Canadá.

📝 Ontem, o presidente americano publicou uma carta direcionada ao premiê Mark Carney anunciando tarifas de 35% sobre produtos canadenses a partir de 1º de agosto.

"Não haverá tarifa se vocês construírem ou fabricarem produtos nos EUA."

Imagem: Daniel Torok/Casa Branca

🇺🇸 Trump também ameaçou:

Além do Canadá, Trump também mirou outros parceiros comerciais com planos de tarifas gerais de 15% a 20%, anunciou uma nova tarifa contra a União Europeia e confirmou que, no mês que vem, entra em vigor a tarifa de 50% sobre cobre.

Atualmente, os EUA já aplicam 25% sobre aço, alumínio e carros importados do Canadá, pressionando ainda mais a economia do vizinho.

💊 Fentanil no meio do jogo

Trump justificou o tarifaço não só por questões econômicas (apesar do déficit comercial com o Canadá ser pequeno), mas também por segurança:

"Se o Canadá não parar o fluxo de fentanil, ajustaremos essas tarifas. Para mais ou para menos, dependendo da relação."
 
Segundo dados da alfândega americana, apenas 0,2% do fentanil apreendido entra pelos canadenses. A maior parte vem pela fronteira mexicana.

O Canadá exporta 75% dos seus produtos pros EUA. Setores mais afetados:

  • Automotivo

  • Metais

  • Cobre

Já o premiê Carney, que havia retirado um imposto sobre big techs americanas em junho como gesto diplomático, agora enfrenta pressão interna para revidar.

Flow Cultura

💸 Tarifaço de Trump: café, carne e combustível mais caros?

O tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado por Trump e que entra em vigor em 1º de agosto, tá deixando o mercado em alerta – e pode respingar direto no seu bolso.

Imagem: REUTERS

☕ Quem sente primeiro?

O agro deve ser o mais impactado no curto prazo. Itens como café, suco de laranja e carne bovina, por serem perecíveis e difíceis de redirecionar, podem acabar ficando no mercado interno, aumentando a oferta e pressionando preços para baixo aqui no Brasil.

💡 “Café e suco podem até gerar deflação localizada”, diz André Perfeito, economista.

🥩 Carne bovina: grandes frigoríficos têm operações nos EUA e podem contornar parte dos efeitos, mas o excedente pode baratear o produto por aqui.

🍊 Suco de laranja: com 42% das exportações indo pros EUA, o setor não tem como absorver a tarifa – o que deve derrubar preços no mercado interno.

🛢️ Petróleo: apesar do baque (US$ 5,8 bi exportados só em 2024), o setor tem mais flexibilidade para redirecionar embarques e evitar efeitos internos diretos.

aço, máquinas, eletrônicos e aviões têm pouco espaço pra realocação rápida. A Embraer, por exemplo, exporta 63% de suas aeronaves pros EUA e pode ter queda em encomendas – afetando empregos e produção.

✈️ Impacto no PIB?

Economistas divergem. Para alguns, como Zeina Latif, o efeito no crescimento deve ser moderado, pois exportações para os EUA representam cerca de 2% do PIB. Mas André Perfeito alerta: se a tarifa se prolongar, pode afetar balança comercial, emprego e juros.

Trump deixou claro: qualquer reação brasileira será respondida com mais tarifas, criando uma “escada tarifária” que pode piorar tudo. Economistas sugerem cautela:

“Muitos produtos importados dos EUA são insumos. Retaliação pode encarecer produção agrícola e industrial, e até fazer o BC subir juros de novo.” – André Perfeito

🌎 Saída estratégica

Fortalecer acordos com União Europeia, Ásia e outros mercados seria o caminho mais viável, dizem analistas.

O tarifaço atinge vários setores ao mesmo tempo, mas no curto prazo, produtos agropecuários podem até cair de preço aqui. No médio, o Brasil precisará equilibrar diplomacia, mercado interno e relações globais – sem esquecer que, no fim, quem paga a conta somos nós.

Flow Sports

⚽ NWSL quer virar “NFL do futebol feminino” – mas dá pra chegar lá?

A NWSL, principal liga de futebol feminino dos EUA, já confirmou que em 2025 terá 16 times. Mas a comissária Jessica Berman sonha mais alto: ela quer chegar a 30 ou até 32 times, como a NFL.

Imagem: ESPN

💭 Ambição ou loucura?

Executivos ouvidos pela ESPN dividem opiniões:

✅ Alguns acham genial. A demanda de investidores é enorme, as taxas de entrada não param de subir e o futebol feminino vive um boom histórico.

❌ Outros chamam a ideia de “louca” e “perigosa”, alertando para riscos como a falta de jogadoras suficientes para sustentar tantos elencos, a queda na qualidade técnica dos jogos e a carência de técnicos, staff e estrutura em mercados menores.

📈 Por que tanta sede de expansão?

➡️ Dinheiro. Times pagavam US$ 2 mi pra entrar na NWSL há 5 anos. Hoje, a taxa subiu pra US$ 110 mi – e alguns apostam que logo chegará a US$ 500 mi, como na MLS.

➡️ Investidores batendo à porta. Grupos disputam novas vagas, e cidades como Atlanta, Miami e Dallas já estão na mira.

➡️ TV e patrocínios. Quanto mais times, maior o alcance nacional, audiência e valor de mercado.

👀 Mas tem um porém...

Vários dirigentes apontam que o crescimento rápido pode diluir talentos. Só 1 em cada 14 gerentes gerais acredita que 30 times seja viável sem cair qualidade.

Berman rebate: “Temos talento no país todo. Só precisamos desenvolver melhor essas jogadoras.”

🏟️ Próximos passos?

A liga planeja lançar uma segunda divisão, para dar rodagem a reservas e criar um pipeline de talentos, além de testar novos mercados antes de apostar em times principais.

A NWSL quer ser gigante como a NFL. Se vai conseguir? Depende de formação de jogadoras, estratégia de expansão e capacidade de manter a magia em campo. Porque no fim, sem futebol de qualidade, nem a liga mais valiosa do mundo segura o público.

📢 Alguém vai perguntar “que história é essa da NWSL?”, “o que rolou com fulano?”, ou “por que isso viralizou?”

Você já sabe:
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Fez sucesso? Cobra um açaí, não um café. 🍧