04/06/2025

🌀 the flow – Mais inteligente em 7 minutos

Quarta-feira, 04 de maio de 2025

Bom dia! ☕ Café no sistema e déficit no orçamento.
A gente segue firme entre cortes, tretas e promessas de eficiência.

📰 NA EDIÇÃO DE HOJE

📚 Universidades recebem verba parcial — e o buraco continua aberto
 
🇺🇸 Musk sai do governo dos EUA atacando projeto trilionário de Trump
 
💸 O enterro não-oficial da ideia de Estado eficiente (Flow Report)

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🇧🇷 Brasil

Liberação parcial, promessa antiga — e um buraco que só cresce.

O governo federal tirou do congelador R$ 700 milhões pra tentar acalmar os ânimos nas universidades públicas.

Depois de anunciar um travamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento deste ano, Lula decidiu liberar parte da grana que tava travada nas contas das federais — em pleno cenário de pressão estudantil e lembranças frescas de uma greve que parou tudo no ano passado.

Mas calma com a euforia:
 
🔹 R$ 300 mi já estavam nas universidades, só que bloqueados por decreto
 
🔹 R$ 400 mi vieram de um remanejamento interno, puxado pelo MEC com aval da Fazenda

Ou seja: nada de dinheiro novo — só um respiro no meio do aperto.

E mesmo com esse fôlego, os números não empolgam. As despesas discricionárias — aquelas que pagam o dia a dia das universidades — ainda tão abaixo do que eram antes da pandemia, mesmo corrigidas pela inflação.

📚 Lembrando que em 2024, o setor parou por mais de dois meses em greve. Desde então, o MEC prometeu recomposição. Agora entrega parte. Mas pra quem tá no campus, a sensação é que o corte foi maquiado de alívio.

🇺🇸 Internacional

Musk saiu do governo, mas não da treta.

No seu último dia no governo Trump, Elon Musk largou a diplomacia de lado e chamou de “abominação repugnante” o projeto de lei de impostos e gastos que Trump quer aprovar até o 4 de julho.

Sim, foi com essas palavras mesmo.

O texto — apelidado pelo próprio ex-presidente de “grande e lindo” — inclui trilhões em isenções fiscais, aumento no orçamento militar, grana pra deportação em massa e um novo teto de dívida de US$ 4 trilhões. Ah, e deve elevar o déficit em cerca de US$ 600 bilhões já no próximo ano.

🧨 Musk não curtiu nada:
 
Segundo ele, isso não só enterra o que restava da promessa de eficiência fiscal, como ainda aniquila o trabalho que ele liderava até semana passada no DOGE — o tal Departamento de Eficiência Governamental.

Agora, Musk voltou ao papel de bilionário ranzinza no X, mas a rixa parece pessoal:

Ele doou mais de US$ 250 milhões pra campanha de Trump em 2024 — e já tá jogando pedra na vitrine.

Enquanto isso, o Partido Republicano tá rachado. Tem ala ultraliberal dizendo que não vai votar a favor, tipo o senador Rand Paul. Trump respondeu com posts furiosos: chamou o cara de “maluco” e disse que o povo do Kentucky “não o suporta”.

📫 Flow Report

A ideia de Estado eficiente morreu — e ninguém avisou o enterro.

Elon Musk passou um tempo no governo Trump à frente do DOGE — o Departamento de Eficiência Governamental — tentando vender a ideia de que dava pra enxugar gastos sem travar a máquina.

This Is Fine GIF

Corte técnico. Gestão de alta performance. Tudo aquilo que parece bonito na teoria. E aí, no último dia no cargo, ele larga uma:

“Esse projeto de lei é uma abominação repugnante.”

A tal “abominação” é o plano trilionário de Trump que mistura isenção fiscal, expansão militar e uma dívida pública que vai bater US$ 2,5 trilhões.
 
Ou seja: tudo o que Musk dizia combater, agora aprovado pelo governo que ele mesmo ajudou a eleger.

Mas o ponto aqui não é só a ironia do momento. É algo mais fundo:

📌 A promessa de um Estado mais eficiente virou marketing político. E só.

Toda campanha fala em cortar gastos. Em modernizar. Em “fazer mais com menos”.
Só que quando chega a hora de governar, quem tenta reduzir despesa vira inimigo interno — e quem imprime dinheiro ganha aplauso.

O projeto DOGE — que era pra simbolizar racionalidade fiscal — virou um adesivo. Um símbolo vazio.

A real é que cortar gasto não dá voto.
Isenção fiscal e pacote de estímulo, sim.

No Brasil, o roteiro é parecido:
Anunciam corte, voltam atrás, liberam verba parcelada como se fosse vitória.
Na prática, a máquina continua grande, cara e frágil.

🤔 O problema não é gastar. O problema é gastar mal — e esconder isso sob slogans.
A eficiência morreu. O populismo fiscal venceu.
E a gente segue pagando a conta, achando que algum bilionário ainda vai resolver.

📢 Tem dia que a gente quer só mandar o link e dizer: “Lê isso aqui e depois a gente conversa.”
 
Hoje é esse dia.
 
📌 [http://theflow.grupohype.net ]

Pra quem vive perguntando “mas qual é o contexto?”, esse é o presente.
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