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02/07/2025

🌀 the flow – Mais inteligente em 7 minutos
⏳ Quarta-feira, 02 de julho de 2025
Bom dia! ☕ Bolsonaro nega pressão, Trump promete paz temporária e a Rússia engorda os cofres sem novas sanções. Porque até as tréguas de hoje têm gosto de pólvora.
📰 NA EDIÇÃO DE HOJE
⚖️ Advogado de Bolsonaro nega pressão sobre delação de Cid
🕊️ Trump anuncia cessar-fogo de 60 dias em Gaza — mas Hamas ainda resiste
💣 Flow Report: sem novas sanções, Rússia reforça seus cofres de guerra
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🇧🇷 Brasil
💼 Advogado de Bolsonaro nega pressão sobre delação de Mauro Cid
O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Bueno, negou ontem qualquer tentativa de interferir na delação de Mauro Cid ou de pressionar a família do ex-ajudante de ordens a trocar de defesa.

(Imagem: Reprodução/TV Globo)
A acusação partiu de uma declaração assinada por Agnes Cid, mãe do militar, que relatou encontros com advogados ligados a Bolsonaro, incluindo Eduardo Kuntz e o próprio Paulo Bueno, na Sociedade Hípica Paulista.
💡 O que disse o advogado?
Paulo Bueno confirmou o encontro, mas disse que foi “breve e casual”. Segundo ele, não houve qualquer menção ao processo de delação.
Ele explicou que ajudou a inscrever a filha de Cid em um torneio de hipismo, a pedido de Fábio Wajngarten, que foi procurado pelo general Mauro Lourena Cid, pai do militar. A jovem amazona, aliás, venceu sua categoria.
“Foi um ato de espírito esportivo. Na conversa, só elogiamos o desempenho dela. Não houve perguntas sobre a colaboração”, disse Bueno ao STF.
📄 O que diz Agnes Cid?
Na declaração anexada ao inquérito, Agnes confirmou que não houve perguntas sobre a delação naquele encontro, mas relatou que os advogados teriam sugerido que Mauro trocasse de defesa:
“Eles se ofereceram para que eu falasse com Mauro que poderiam defendê-lo, que eram amigos e que estávamos juntos.”
Paulo Bueno rebateu, dizendo que essa parte do depoimento é “distorcida”, pois ele jamais poderia assumir a defesa de Cid, já que atua no caso como advogado de Bolsonaro.
🌍 Mundo
🕊️ Trump diz que Israel topou cessar-fogo de 60 dias em Gaza
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ontem que Israel aceitou as “condições necessárias” para um cessar-fogo de 60 dias em Gaza.

Imagem: Reuters
Segundo Trump, durante o período de trégua, os EUA trabalharão com todos os lados para tentar acabar com a guerra de forma definitiva. Ele não detalhou quais seriam essas condições, mas deixou um recado ao Hamas:
“Espero que aceitem este acordo, porque a situação não vai melhorar – só vai piorar.”
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, confirmou que o país está “absolutamente pronto” para o cessar-fogo, mas não ficou claro se o Hamas concordará.
💭 Bastidores do anúncio
O comunicado veio antes de uma reunião entre Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, marcada para a próxima semana. Trump disse que será “muito firme” no encontro, mas afirmou que Netanyahu quer encerrar as hostilidades:
“Ele quer. Acho que chegaremos a um acordo na semana que vem.”
Nesta terça (2), o ministro israelense Ron Dermer se reúne em Washington com o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, além do secretário de Estado Marco Rubio e do vice-presidente JD Vance.
Falando à BBC, Danon disse que o Hamas está “jogando duro” e alertou:
“Se eles não sentarem à mesa, a única opção será aumentar a pressão militar.”
🎯 O cenário atual
Israel afirma que só termina a guerra se o Hamas for totalmente desmantelado.
O Hamas, por sua vez, exige cessar-fogo permanente e retirada total de Israel de Gaza.
Cerca de 50 reféns israelenses ainda estão presos em Gaza, sendo que ao menos 20 estariam vivos.
Na segunda-feira, um ataque aéreo israelense matou pelo menos 20 palestinos em um café na Cidade de Gaza, segundo médicos locais. Desde o início do conflito, em outubro de 2023, mais de 56 mil pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.
Enquanto isso, cresce a pressão de ONGs como Save the Children e Oxfam contra a GHF, fundação apoiada por Israel e EUA para distribuir ajuda humanitária em Gaza.
As organizações acusam Israel de abrir fogo contra civis que buscam comida – acusação negada pelo governo israelense, que diz usar o grupo para impedir o Hamas de desviar recursos.
📰 Flow Report
🔥 Sem novas sanções, Rússia fortalece cofres de guerra
Desde que Trump voltou à presidência em janeiro, os EUA não impuseram novas sanções à Rússia por causa da guerra na Ucrânia. Na prática, isso deu fôlego ao Kremlin.

Imagem: Jason Andrew/NYT
No governo Biden, as sanções eram rotina: em média, 170 novas restrições por mês atingindo petróleo, bancos, tecnologia militar. Só em 2022, foram mais de 6.200 bloqueios contra pessoas e empresas ligadas a Putin.
Com Trump, a estratégia mudou.
Ele prefere pressão direta em vez de sanções – mas, com Putin, parece não querer nem uma coisa nem outra, dizem analistas.
E qual o efeito?
Sem a manutenção constante de sanções, surgem brechas. Empresas fantasmas aparecem para burlar restrições e abastecer Moscou com chips, drones e peças militares.
Um levantamento do NYT identificou mais de 130 empresas na China e Hong Kong oferecendo semicondutores restritos à Rússia sem medo de punição.
Entre elas, a HK GST Limited, criada há 9 meses, já vende chips usados em mísseis Kh-101 – o mesmo que matou 10 civis em Kiev no último ataque.
Especialistas dizem que, quando uma empresa cai, outras surgem imediatamente no lugar. “É preciso correr o tempo todo só pra ficar no mesmo lugar”, resumiu Elina Ribakova, do Peterson Institute.
Enquanto isso, a União Europeia tenta preencher o vácuo deixado pelos EUA e endurece restrições. Mas, até agora, as sanções americanas foram mais numerosas – superando as europeias em proporção de 2 para 1.
Por lá, cresce a pressão para retomar os bloqueios. Um novo projeto de lei bipartidário quer impor tarifa de 500% a países que comprarem energia russa, mirando China e Índia.
Trump, por outro lado, continua silencioso. Ele chegou a retirar sanções de Karina Rotenberg, esposa de um bilionário aliado de Putin, sem justificativa. Também encerrou a força-tarefa KleptoCapture, criada para apreender iates e mansões de oligarcas russos.
💭 Resumo?
Enquanto a Rússia intensifica ataques à Ucrânia e fortalece suas redes de abastecimento, os EUA mudam de postura e deixam o Ocidente mais vulnerável.
A pergunta que fica:
Esse silêncio é estratégia de negociação – ou rendição disfarçada?
📢 Tem dia que a gente quer só mandar o link e dizer: “Lê isso aqui e depois a gente conversa.”
Hoje é esse dia.
📌 [http://theflow.grupohype.net ]
Pra quem vive perguntando “mas qual é o contexto?”, esse é o presente.
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